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Será que meu filho é autista?

16/09/2018

Sabe-se que o diagnóstico de transtornos mentais na infância é bastante controverso.

Muitos estudiosos defendem a importância de se manter em aberto a identificação de alterações na infância, por se tratar de uma etapa em que o sujeito se encontra em processo de desenvolvimento. Os profissionais com esta visão optam por aguardar a passagem dos anos iniciais para encaminhar aos atendimentos. Outros já ressaltam a necessidade de se identificar e tratar o mais precoce possível os sinais demonstrados pelas crianças. Nossa intenção com esse breve texto não é encerrar a discussão sobre estes aspectos, mas sim demonstrar a importância de se intervir na relação mãe-bebê e em crianças pequenas, buscando favorecer o desenvolvimento infantil no âmbito psíquico, de forma a evitar que determinados sintomas graves se instalem ou tornem o tratamento mais difícil.

Ao acompanharmos o desenvolvimento infantil percebemos que existem algumas reações esperadas da criança em determinadas etapas, tais como: a direção do olhar, manifestações de linguagem e comunicação, mesmo que rudimentares, reações através de expressões faciais a partir da fala da mãe/cuidador, interações através do brincar. Estes e outros sinais quando encontram-se ausentes interferem diretamente na relação inicial entre a mãe e a criança, podendo dificultar o processo de estruturação psíquica, e com isso contribuir para ocorrência de quadros psíquicos graves a serem confirmados posteriormente.

Fica clara, portanto, a necessidade de se buscar um profissional da Psicologia especializado no trabalho com esses casos, além do médico e demais especialistas, com o objetivo de realizar intervenções através do tratamento precoce na área psíquica junto à criança, envolvendo o suporte aos cuidadores. Concordamos quanto à definição diagnóstica necessitar de cautela por parte dos especialistas. Porém em se tratar de um ser em processo de desenvolvimento e estruturação ressaltamos a conquista de efeitos importantes do tratamento precoce, sem deixar de lado a abertura necessária em relação ao diagnóstico.

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