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Prazer, Hanna Segal

13/08/2019

Quando as pessoas dizem o nome de Melanie Klein, todo mundo sabe de quem nós estamos falando e da teoria que a autora desenvolveu.  O que muitas pessoas não sabem, é que sem Hanna Segal, entender a obra de Melanie Klein, teria sido como decifrar hieróglifos. Daí, a importância de conhecer um pouco mais desta psicanalista contemporânea. 

Hanna Segal nasceu em Lódz, Polônia, no dia 20 de agosto de 1918. No ano de 1939, contando com 21 anos, teve que voar para Grão Britânia, onde ela acabou de estudar psiquiatria e começou os estudos psicanalíticos. Foi analisada de Melanie Klein e considerada sua seguidora mais sobressaliente, já que entendia de forma mais clara a obra de Klein.    

A Introdução à obra de Melanie Klein (London, 1964), a qual é a referência para esse artigo, foi um curso introdutório, de oito aulas, para estudantes do terceiro ano do seminário psicanalítico, com o intuito de proporcionar só um guia de leituras já que os alunos contavam com suficientes conhecimentos da obra de Freud, deixou claro que o aprofundamento da obra teria que ser feito num outro momento. De início, ela esclarece que Melanie Klein define o termo “posição” como diferente a “fase” usado por Freud, ou “etapa”, pois posição implica dinamismo. Assim, uma configuração específica de relações objetais, ansiedades e defesas, persistentes ao longo da vida, se opondo ao conceito de fase pois fase é algo transitório. Porém, pode se oscilar entre uma posição e outra, ao encarar, por exemplo, o complexo de Édipo, com uma pauta esquizo-paranoide ou depressiva de relações, ansiedade e defesa, ou, podem surgir defesas neuróticas em uma personalidade esquizo-paranoide ou maníaca-depressiva, dentre muitas outras.  

Hanna Segal, também escreveu artigos relacionados à guerra, à estética kleiniana(?), baseados num maior entendimento do simbolismo na criação artística. Dá uma ênfase maior ao feio, como uma fragmentação dos objetos bons em persecutórios. Além de aprofundar o conceito de fantasia e diferenciar da fantasia do Freud.

Se pararmos para pensarmos um pouco, no que a Hanna Segal conseguiu ao introduzir-nos na obra de Klein, poderemos perceber que ela contribuiu com um novo olhar a obra da sua analista. 

Hanna Segal, morreu o dia 5 de julho de 2011, aos 93 anos. Sobrevivem a ela, três filhos.

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